Metroferroviários prometem parar São Paulo dia 28

Assembleia dos Metroviários decidiu pela paralisação após última carta com propostas não atender seus requisitos. Ferroviários de 4 linhas podem parar no mesmo dia

Decisão dos presentes pela paralisação se deu de forma unânime. Alckimin foi lembrado com boneco e guilhotina

Decisão dos presentes pela paralisação se deu de forma unânime.
Alckimin foi lembrado com boneco e guilhotina

Desde abril negociando com o Metrô a campanha salarial 2013/2014, o Sindicato dos Metroviários mobilizou nesta quarta-feira (22) sua categoria a realizar uma paralisação no próximo dia 28, terça. Diversos itens, como a jornada de 8h que viraria 9h com horário de almoço não sendo remunerado e aumentando 30 minutos, anistia a metroviários da última paralisação realizada em 2007, entre outras propostas foram negadas pela companhia. Caminho não diferente segue o Sinfer – Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana, responsável pelas linhas 8 – Diamante e 9 – Esmeralda da CPTM e o SindiCentral, que responde aos ferroviários das linhas 11 – Coral e 12 – Safira.

O primeiro sequer foi convidado a participar das mesas de negociação com os demais sindicatos (Central e São Paulo, responsável pelas linhas 7 – Rubi e 10 – Turquesa), onde, além da omissão em não falar aos ferroviários de duas das mais saturadas linhas do sistema, ainda repassou, numa espécie de “recado informal”, a proposta que os diretores da Central e São Paulo deveriam apresentar a sua categoria, que nada mais é que a reposição de preços do consumidor, o IPC – Fipe, girando em torno de 5% e aumento real de 1%.

A Central, que faz campanha unificada junto aos Sorocabanos, não aceitou e sequer propôs algo que não foi oficialmente documentado pela CPTM. Ferroviários das duas centrais sindicais afirmam hoje que, para evitar embate com os negociadores, os diretores do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, ao invés de apresentar a proposta em assembleia, passaram um “abaixo-assinado” aos trabalhadores das linhas 7 e 10. Já em comunicado oficial, convoca assembleia para o próximo domingo (26), na sede da assembleia para decidir sobre proposta (vide informe).

“A greve não é nosso fim, é nosso meio de pressionar o governo a negociar”

Frase do presidente do Metroviários de São Paulo, Altino Melo que, ao chamar os metroviários para uma greve justifica ser um modo de pressionar o estado a abrir e dar melhores margens na parte econômica e atender outras propostas. Novamente, desafia o governo a campanha “Catraca Livre”: “O Estado, quando paramos, aciona o PAESE (Plano de Apoio a Empresas em Situação de Emergência), colocando ônibus nos trechos paralisados. Nenhum metroviário se nega a trabalhar, desde que o estado não cobre durante esses dias de manifestação”, diz.

Os ferroviários seguem linha semelhante, onde o Tribunal Regional do Trabalho – TRT observe que eles deram toda a possibilidade de conversar e tentar colocar um meio termo entre possibilidades da CPTM e os interesses dos ferroviários. “A greve é nosso meio de dizer que tentamos de tudo, mas, a companhia não quis ceder”.

“Não exitaremos em negociar com o Metrô e evitar a paralisação”, diz Melo. A vontade dos funcionários é estabelecer seu acordo coletivo e prosseguir normalmente o dia a dia do Metrô.

E o usuário?

Dia 27, segunda-feira, é o “Dia D” para ambas. Os Ferroviários, caso a CPTM apresente uma proposta, convocarão uma nova assembléia extraordinária. Já os Metroviários, farão a última assembleia neste mesmo dia, onde podem fazer a apreciação de nova proposta. Se isso não ocorrer e os sindicatos não chegarem a um acordo, a CPTM e o Metrô-SP param no dia 28, à parti das 0h. Sem previsão de retorno.

Sendo assim, o mais correto é, desde já, arranjando meios de mover uma folga para este dia, se possível, uma dispensa e, quem puder, “home office”, já que a determinação de paralisar é umas das maiores em anos. Não valerá confiar no sistema de ônibus, sair de carro é pedir para ficar no que pode ser o maior congestionamento registrado na capital paulista e crer numa eventual operação com maiores intervalos é pedir pra sofrer dobrado o que o usuário sofre diariamente.

Caso surjam mais novidades, este canal direto com os usuários irá informá-los.

Sobre italofalaeouve

Tentei ser técnico em telecom e info industrial. O primeiro despertou uma paixão ao fazer um TCC: Ferrovia. Aí, resolvi mudar: tentei ser jornalista. Deu certo. Hoje conto histórias, falo de tecnologias e estou ligado a diversos temas do transporte da região metropolitana de São Paulo.
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3 respostas para Metroferroviários prometem parar São Paulo dia 28

  1. Pingback: Via Trolebus » Funcionários da CPTM também podem entrar em greve na próxima terça-feira (28)

  2. Renata Asp disse:

    Agora é esperar pela noite do dia 03 e descobrir se irei de metrô ou de ônibus para o serviço.

  3. Pingback: Ferroviários de 4 de 6 linhas da CPTM podem parar às 0h | Usuário da CPTM

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